segunda-feira, 21 de novembro de 2016

canha muito e eu nada 
Pastor que se veste de mendigo em culto tem Porsche e Ferrari





Milionário Duque simula
usar roupa esfarrapada 
O autointitulado apóstolo Agenor Duque (foto), 37, dono da Igreja Plenitude do Trono de Deus, apresenta-se em seus cultos vestido de mendigo, com uma túnica feita com um tecido simulando ser de saco de estopa, para passar a ideia de pobreza e humildade. Mas ele nunca disse aos seus fiéis que costuma se locomover de Porsche, de Ferrari e um jatinho. O pastor é milionário.

Casado com Ingrid, no dia-a-dia, fora do palco de cultos, Duque se veste com a grife Hugo Boss, usa cordões, anéis e relógios dourados e calca os tênis Nikes mais caros. 

Duque tem cerca de 20 igrejas em São Paulo, Rio, Minas, Goiás, Distrito Federal e Amazonas. A Plenitude aluga horário na TV e rádio.

Época apontou o ex-viciado em drogas Duque como o pastor emergente da vez. Ele já tinha passado pela Igreja Universal e Mundial. Ele teve, portanto, Edir Macedo e Valdemiro Santiago como professores, os melhores que um líder neopentecostal pode almejar.

Duque tem uma parceria com o pastor André Salles, que foi o responsável pela conversão da ex-senadora Marina Silva. 

O diferencial de Duque é que ele faz o “milagre” de os fieis esquecerem-se do que desejarem. Costuma dizer que Deus apaga da memória o passado de sofrimento.

Em um culto, por exemplo, ele fez um jovem esquecer que era homossexual, evocando um milagre de “manassés”, palavra que em hebraico significa “esquecimento”, entre outras acepções.

O que Duque faz, na verdade, é uma nova versão da “cura gay” e de preconceito contra os homossexuais.

Duque e seus pastores são tão habilidosos em tirar dinheiro dos fiéis quanto os demais pregadores neopentecostais. Ele não se constrange em pedir o 13º e o FGTS dos fiéis. 

Uma pastora de Duque — após a leitura de 1 Reis 17, sobre uma viúva miserável que doou a um profeta tudo o que tinha, um punhado de farinha e um pouco de azeite — conseguiu que uma fiel doasse todo o dinheiro que tinha na carteira, uma nota de 50 reais.

“Prova para Deus que você acredita Nele”, disse a pastora. 

“Precisa ser um sacrifício grande, algo que dói! Limpa a carteira! Raspa a carteira! Ou faz como uma mulher no culto desta manhã, que doou o próprio carro.”

Com tanta falta de escrúpulo, a Igreja de Duque tende a se manter em crescimento, se a concorrente e dona do mercado, a Universal, deixar.

De qualquer modo, valem as palavras do doutor em ciências da religião Paulo Romeiro: “A igreja neopentecostal brasileira é cega, infantilizada, cheia de picaretas e cambalacheiros.”

Pastor e féis usam na cabeça paninho sagrado


Leia mais em http://www.paulopes.com.br/2015/12/pastor-que-se-veste-de-mendigo-em-culto-tem-porche-e-ferrari.html#ixzz4Qe77ofuK